A indústria marítima é um pilar fundamental na economia mundial, sendo responsável por 80% do transporte de mercadorias em todo o mundo. No entanto, toda essa conectividade depende de combustíveis altamente poluentes que, de acordo com a Global Maritime Forum, contribuem em 3% das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e infligem um impacto ambiental significativo a nível global.
A movimentação dos navios pode acarretar igualmente, em poluição das águas marinhas, através de vazamentos de cargas, descarte inadequado de água de lastro e lavagem de tanques de navios, constituindo assim nas principais fontes de poluição decorrentes do transporte marítimo.
Segundo as convenções estabelecidas pela Organização Marítima Internacional (OMI), o transporte marítimo está numa trajetória de diminuição em 70% de emissões até 2050, com práticas mais sustentáveis para alcançar a maximização da eficiência energética, afastando-se dos combustíveis fósseis para combustíveis produzidos a partir de energias renováveis.
Neste contexto, a descarbonização do setor marítimo, torna-se um imperativo aos governos e instituições internacionais, alinhada aos principais instrumentos e políticas, o que coloca esta temática no centro do debate, no sentido de obter soluções que apoiem a transição energética que possa reduzir, efetivamente, os impactos ambientais, climáticos e sociais.
De entre as iniciativas em desenvolvimento, estão a modernização da frota atual, com a recuperação e adaptação dos navios mais antigos às metas de carbono zero; sistema de navegação por GPS avançado; otimização das rotas de navegação; propulsores mais econômicos e a produção de combustíveis menos poluentes, resultando em maior segurança, ganho de tempo e redução dos custos operacionais.